sindicância

Guardas municipais suspeitos de agredir homem em posto de saúde são inocentados

João Pedro Lamas

A sindicância aberta pela prefeitura em junho deste ano para apurar se houve excesso do uso de força por parte de guardas municipais na abordagem de um acompanhante de paciente no Pronto-Atendimento (PA) do Bairro Patronato foi concluída esta semana. Eles foram inocentados e o processo, arquivado.

Em nota, a prefeitura afirmou entender que a ação dos guardas foi necessária devido ao comportamento do acompanhante.

"Após sindicância conduzida pela Corregedoria Geral do Município, a conclusão da Prefeitura, no caso do incidente ocorrido no Pronto Atendimento Municipal, é de que a conduta do guarda municipal foi provocada por uma ação desproporcional e fora do comum por parte do reclamante. A conclusão foi antecedida por análise das câmeras de segurança, oitivas de testemunhas e considerando o prontuário médico do paciente e seu acompanhante. Tanto na paciente, quanto no acompanhante, foram constatadas evidências de embriaguez, compatíveis com o observado na conduta dos mesmos".

VÍDEO: prefeitura investiga confusão envolvendo a Guarda e acompanhante de paciente do PA do Patronato

Agora, a Corregedoria vai finalizar o relatório, que será então arquivado para que haja o encerramento do processo. A prefeitura não respondeu se os guardas ficaram afastados durante o período da sindicância, que transcorreu por dois meses. 

O CASO 

O caso, que aconteceu no fim de tarde de um domingo, foi gravado em vídeo e repercutiu nas redes sociais virtuais, tendo milhares de visualizações.


Uma jovem, que presenciou a cena e não quis ser identificada, afirmou ao Diário ter presenciado o caso.

- Eu estava lá acompanhando meu namorado. Esse senhor chegou com o rapaz, que estava com dor no peito, ele tem taquicardia. O médico que estava atendendo nem olhava na nossa cara. Aí, quando o senhor saiu da consulta com o menino disse que ele só tinha receitado uma injeção. Quando chamaram o menino para fazer o medicamento, o senhor se revoltou e começou a falar o que estava acontecendo, que o médico mal atendia, e que ele não iria aceitar que fizessem aquela medicação no jovem. Em seguida, já chegou um guarda dizendo que iria prender ele por desacato, só que ele não desacatou ninguém - relatou a jovem.

No dia seguinte ao caso, a prefeitura divulgou nota quanto ao caso:

"Às 21h45min do dia 10 de junho, o jovem de 19 anos deu entrada na Unidade de Saúde alegando dores abdominais devido à ingestão em excesso de bebida alcoólica, sem qualquer menção a doenças cardíacas. Conforme atesta o prontuário, o paciente foi chamado ao acolhimento apenas dois minutos depois (21h47min) e, às 22h16min, já estava sob cuidados médicos. A medicação para dor foi prescrita, porém, quando a equipe estava iniciando a aplicação dos remédios, às 22h27min, o acompanhante do paciente (que não possui nenhum grau de parentesco com o jovem de 19 anos) recusou atendimento e passou a agredir verbalmente os servidores do Pronto Atendimento. Neste momento, foi oferecido ao paciente o atendimento de outro médico plantonista (já que havia quatro clínicos naquele turno no Pronto Atendimento), o que também foi rejeitado pelo acompanhante, que passou a chutar portas e ameaçar fisicamente os profissionais da Unidade de Saúde. Registra-se, ainda, conforme relatos das pessoas que estavam no local, que o homem também apresentava sinais de embriaguez. Diante da situação de risco estabelecida, a Guarda Municipal interveio para garantir a integridade física dos servidores públicos e evitar que a situação fugisse do controle. A Prefeitura abriu uma sindicância para apurar os fatos e verificar se houve excesso de alguma das partes envolvidas."

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